Adoção e devoluções: entre o mito do amor materno e as mães abandonadas
Resumo
O presente artigo trata-se de reflexões sobre conceitos e conteúdo das obras Um amor conquistado: o mito do amor materno, de Elizabeth Badinter (1985) e Mães Abandonadas: a entrega de um filho em adoção, de Maria Antonieta Motta (2015), para estabelecer parâmetros sobre o papel da mulher entre a maternidade, o abandono e a adoção. Descrever estas duas obras primas da literatura e transmitir o seu teor é tocar uma temática complexa, antiga e atual. As duas obras se entrelaçam quando abordam o mito do amor de uma mãe para com seu filho, como se a maternidade fosse o objetivo de todas as mulheres, mas também traz a abordagem da difícil decisão da entrega de um filho em adoção, quando a mulher não se vê em condições físicas, financeiras ou psicológicas para criá-lo. A entrega é permeada de sentimentos contraditórios, sentimentos este também vivenciados pelas mulheres que optam pela não maternagem. As pressões impostas por tal decisão, por parte da sociedade e de si mesma; os dilemas discutidos... Seria então o amor maternal um mito ou uma verdade? A decisão de dar o filho em adoção, sobre ser ou não mãe, seria a negação do ideal feminino?
Palavras-chave: Maternidade. Abandono. Adoção. Construção social da mulher.
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