Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra. a luta pela igualdade de gênero

Autores

  • Luana Vitória Bastos de Castilhos
  • Camila de Andrade
  • Camilla Maria da Silva Florindo
  • Gabrielle Fernanda Rocha Pinto
  • Glacielli Thaiz Souza

Resumo

O objetivo central do artigo é abordar a questão de gênero no Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Para tanto, foi necessário contextualizar o surgimento da temática dentro do Movimento, bem como seus avanços, lutas e retrocessos históricos. A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, na qual se constatou que, a partir 1980, a luta das mulheres se fortaleceu no MST, por meio da criação de movimentos, folhetins, cartilhas, participações políticas, documentações e a criação da Constituição Federal de 1988. O Movimento de Mulheres Camponesas e o Setor de Gênero do MST tiveram um papel de destaque nesta luta. Porém, ainda hoje, a luta pela igualdade de gênero é contínua e há pautas que necessitam ser debatidas.

Palavras-chave: MST; movimento; mulheres; gênero.

Abstract

This article objective is to address the gender issue within the Landless Workers’ Movement (MST). It was necessary to contextualize the emergence of the issue within the Movement, as well as its historical advances, struggles, and setbacks. The methodology used in this work was bibliographic research, in which it was found that, from 1980 on, the struggle of women was strengthened within the MST, through the creation of movements, pamphlets, primers, political participation, documentation, and of the Federal Constitution of 1988. The Peasant Women's Movement and the Gender Sector of the MST played a prominent role in this struggle. However, even today, the fight for gender equality is continuous and there are agendas that need to be discussed.

Keywords: MST; movement; women; gender.

Resumen

El objetivo central del artículo es tratar la cuestión de género en el Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin-Tierra (MST). Para ello, fue necesario contextualizar el surgimiento de la temática dentro del Movimiento, así como sus avances, luchas y retrocesos históricos. La metodología utilizada en este trabajo fue la investigación bibliográfica, en la que se pudo constatar que, a partir de 1980, la lucha de las mujeres se ha fortalecido en el MST, por medio de la creación de movimientos, folletos, cartillas, participaciones políticas, documentaciones y la promulgación de la Constitución Federal de 1988. El Movimiento de Mujeres Campesinas y el Sector de Género del MST han tenido un rol destacado en esa lucha. Sin embargo, aún hoy, la lucha por la igualdad de género es continua y hay temas que necesitan ser debatidos.

Palabras-clave: MST; movimiento; mujeres; género.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANMTR (Articulação Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais). Primeiro Encontro Nacional 1995. Passo Fundo, Rio Grande do Sul, 1997. Mimeo.

ARAÚJO, Clara. Marxismo, feminismo e o enfoque de gênero. Crítica Marxista, São Paulo, n. 11, p. 65-70, 2000. Dossiê Marxismo e feminismo. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/03clara.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

ARTICULAÇÃO NACIONAL DE MULHERES TRABALHADORAS RURAIS. Primeiro Encontro Nacional 1995. Passo Fundo - RS, 1997. Mimeo.

BERETA, Cristiani da Silva. Relações de gênero e subjetividades no devir MST. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 269-287, jan./abr. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/QfZkYDrHnDjMMXR7jhHJ9rG/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 abr. 2019.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 maio 2019.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA. Disponível em: http://www.contag.org.br/. Acesso em: 20 abr. 2019.

CONTAG. Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, 19-22 março 1997. Brasília: CONTAG, 1997. Relatório preliminar. Memo.

DEERE, Carmen Diana. Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 12, n. 1, abr. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2004000100010. Acesso em: 20 abr. 2019.

FURLIN, Neiva. A questão de gênero no MST: um estudo sobre o discurso e as práticas de participação da mulher. 2003. TCC (Lic. em Ciências Sociais) – UFPR, 2003.

FURLIN, Neiva. A perspectiva de gênero no MST: um estudo sobre o discurso e as práticas de participação das mulheres. In: NEVES, Delma P.; MEDEIROS, Leonilde S.de (org.). Mulheres camponesas: trabalho produtivo e engajamentos políticos. Niterói: Alternativa, 2013. p. 257-284.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

INSTITUTO NACIONAL de Colonização e Reforma Agrária. Gov.br, Brasília, 12 jul. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/orgaos/instituto-nacional-de-colonizacao-e-reforma-agraria. Acesso em: 7 jul. 2021.

LECHAT, Noelle Marie Paule. A questão de gênero no movimento dos trabalhadores rurais sem-terra (MST): estudo de dois assentamentos no Rio Grande do Sul. 1993. 225 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – UNICAMP, Campinas, 1993. Disponível em: https://discovery.ebsco.com/c/7zh5jk/details/ocmvgsfohb?limiters=FT1%3AY&q=LECHAT%2C%20Noelle%20Marie%20Paule.%20. Acesso em: 20 abr. 2019.

MAGRINI, Pedro Rosas; COELHO, Mara de Souza. A incorporação de lutas transversais pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Revista Mal-estar e Sociedade, Barbacena – MG, v. 6, n. 10, 2013. Disponível em: https://revista.uemg.br/index.php/gtic-malestar/article/view/328. Acesso em: 20 abr. 2019.

MAGRINI, Pedro Rosas. Produção acadêmica sobre o MST: perspectivas, tendências e ausências nos estudos sobre gênero, sexualidade, raça e suas interseccionalidades. 2015. 378 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

MELO, Diana Pereira. Sem porta-voz na rua, sem dono em casa: as lutas do movimento de mulheres camponesas (MMC Brasil) pelo direito a uma vida sem violência. 2015. 157 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2015. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/18885/1/2015_DianaMeloPereira.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS. Disponível em: https://mmcbrasil.org/. Acesso em: 21 abr. 2019.

I ENCONTRO NACIONAL do Movimento de Mulheres Camponesas. CNBB, Brasília, 18 fev. 2013. Disponível em: https://www.cnbb.org.br/1o-encontro-nacional-do-movimento-de-mulheres-camponesas/. Acesso em: 7 jul. 2021.

MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS DO BRASIL. Nenhuma trabalhadora rural sem documentos. 5. ed. 2004. Disponível em: http://www.mmcbrasil.com.br/site/materiais/download/cartilha_documentacao.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Disponível em: http://www.mst.org.br/. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. A luta continua: Como se organizam os assentados. São Paulo: Secretaria do MST, 1986. (Caderno de Formação, 10). Disponível em: http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/Caderno%20de%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20n%C2%BA%2010.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Nossas prioridades. 3° Encontro Nacional. São Paulo: Secretaria do MST, 1987. (Caderno de Formação, 12). Disponível em: http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/Caderno%20de%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20n%C2%BA%2012.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. A mulher nas diferentes sociedades. São Paulo: Secretaria do MST, 1988. (Caderno de Formação, 15). Disponível em: http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/Caderno%20de%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20n%C2%BA%2015.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Caderno de Normas Gerais do MST. São Paulo: Secretaria do MST, 1989.

MST. A questão da mulher no MST. São Paulo: Coletivo Nacional de Mulheres, 1996. Disponível em: http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/A%20quest%C3%A3o%20da%20mulher%20no%20MST.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Documento básico do MST: documento para debate e revisão durante 1994/95. São Paulo, Secretaria do MST, 1994.

MST. Construindo novas relações de gênero: desafiando relações de poder. As relações de gênero e o MST. In: CAMPOS, C. (org.). Setor Nacional de Gênero. São Paulo, SP: ANCA, 2003.

MST. Mulheres conscientes na luta permanente. São Paulo: MST, 2015.

MST. O setor de gênero do MST. São Paulo: MST, 2010. Disponível em: http://base.d-p-h.info/pt/fiches/dph/fiche-dph-8247.html. Acesso em: 20 abr. 2019.

O SETOR DE GÊNERO do MST. DPH, [s. l.], mar. 2010. Disponível em: https://base.d-p-h.info/pt/fiches/dph/fiche-dph-8247.html. Acesso em: 20 abr. 2029.

PÁGINA AGRÁRIA (Boletim Semanal da Secretaria Agrária Nacional do PT), [s. l.], n. 165, 12-18 ago. 2000. Disponível em: www.pt.org.br/san. Acesso em: 24 nov. 2022.

PEREIRA, Leticia; JAHN, Elisiane. I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas. CPT, Goiânia – GO, 14 fev. 2013 Disponível em: https://www.cptnacional.org.br/publicacoes/13-noticias/geral/1467-i-encontro-nacional-do-movimento-de-mulheres-camponesas. Acesso em: 24 nov. 2022.

SANTO, Thais Masques de. A experiência democrática dos movimentos sociais: uma reflexão a partir da participação política das mulheres no MST. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIA POLÍTICA - SICP, 1., 2015, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre – RS: UFRGS, 2015. Disponível em: https://www.ufrgs.br/sicp/wp-content/uploads/2015/09/16_DE-SANTO_A-experie%C2%A6%C3%A9ncia-democra%C2%A6%C3%BCtica-dos-movimentos-sociais_-uma-reflexa%C2%A6%C3%A2o-a-partir-da-participac%C2%A6%C2%BAa%C2%A6%C3%A2o-poli%C2%A6%C3%BCtica-das-mulheres-no-MST.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

SCOTT, Parry; CORDEIRO, Rosineide de; MENEZES, Marilda (org.). Gênero e geração em contextos rurais. Ilha de Santa Catarina: Mulheres, 2010. Disponível em: https://www.ufpe.br/documents/1016303/1020379/genero+e+gera_o+em+contextos+rurais.pdf/171b01b8-2ded-48dc-9639-8e7e34c7bbcc. Acesso em: 7 jul. 2019.

SOARES, Laís Chilatz. Mulheres agricultoras, gênero e meio rural: um estudo exploratório. 2018. 39 f. TCC (Bacharelado em Ciências Sociais) – UFRGS, Porto Alegre, 2018. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/189284. Acesso em: 22 abr. 2019.

Downloads

Publicado

2023-03-01