“Não vim pra ser sozinha”: sobre a vivência de mulheres negras na universidade, silêncio, possibilidades de fala e coletividade
Resumo
O presente artigo tem como foco a discussão sobre a presença da mulher negra no espaço de poder, no caso, na universidade. Entende-se que historicamente esse espaço foi negado à população negra como um todo, devido à construção histórica brasileira de origem colonialista e, também, sexista, que se atualiza em sua prática capitalista. Nesse sentido, para além da inserção dessa população no ambiente da universidade, há que se pensar a permanência nesse espaço, considerando as violências estruturais do racismo, das questões de gênero e de classe quando se trata de mulheres negras. O artigo trata da vivência de mulheres negras no espaço acadêmico e as possibilidades nesse espaço, considerando os efeitos na saúde mental, que vão além da ausência de doença, e as construções coletivas dentro da universidade. O objetivo é pensar nas mulheres negras indo além da solidão, para o resgate histórico de mulheres negras e acadêmicas.
Palavras-chave: racismo; universidade; mulheres negras.
Abstract
This paper focuses on the discussion of the presence of black women in places of power, in this case the university. Historically, this space has been denied to black people, due to the historical construction of Brazil, with colonial and sexist origins, updated by its capitalist practices. Besides the insertion of this population into the university, there is the question of remaining in this space, considering the structural violence of racism, gender issues and class struggle, when the subject is a black woman. This research intends to think about the life of black women in academic spaces and its possibilities, considering the effects on mental health that go beyond the absence of illness and the collective constructions within the university. The goal is to think about black women beyond their loneliness and to rescue the history of academic black women.
Keywords: racism; university; black women.
Resumen
El presente artículo se centra en la discusión sobre la presencia de la mujer negra en el espacio de poder, en este caso, la universidad. Se entiende que históricamente ese espacio fue negado a la población negra en su totalidad, debido a la construcción histórica brasileña de origen colonialista y, también, sexista, que se actualiza en su práctica capitalista. En ese sentido, más allá de la inserción de esa población en el ambiente de la universidad, se debe pensar la permanencia en ese espacio, considerando las violencias estructurales del racismo, las cuestiones de género y clase cuando se trata de mujeres negras. El artículo trata de la vivencia de mujeres negras en el espacio académico y las posibilidades en ese espacio, considerando los efectos en la salud mental, que van más allá de la ausencia de enfermedad, y las construcciones colectivas dentro de la universidad. El objetivo es pensar en las mujeres negras yendo más allá de la soledad, para el rescate histórico de mujeres negras y académicas.
Palabras clave: racismo; universidad; mujeres negras.
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