Reações tipo I e tipo II na hanseníase: integrando publicações científicas
Resumo
Os estados reacionais constituem a principal causa de lesões nos nervos e de incapacidades por hanseníase, com situações extremas de dor na pele e nos nervos, podendo ocorrer danos graves e/ou permanentes. O estudo objetivou analisar os aspectos clínicos e assistências das reações hansênicas tipo I e II, identificando na literatura as diferenças entre essas reações, o tratamento e as condutas praticadas pelo enfermeiro no controle das reações hansênicas. Trata-se de uma revisão integrativa de caráter exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa. Os resultados mostraram que o episódio reacional tipo I ocorre na faixa etária de 30 a 59 anos, seja paucibacilar ou multibacilar, com início durante ou depois de um ano do tratamento. Para as reações do tipo II, os mais acometidos são pessoas entre 30 e 44 anos, multibacilares e que apresentam contagem de bacilos igual ou superior a 3,00, sendo a neurite a principal alteração reacional encontrada nos pacientes com hanseníase. O diagnóstico precoce continua sendo a principal forma de prevenir as sequelas futuras, com dificuldades na identificação dos casos devido à necessidade de distinguir com os casos de recidiva da doença. Os episódios reacionais são intercorrências clínicas relevantes na assistência em saúde aos portadores de hanseníase, onde a única forma de diagnóstico continua sendo os achados clínicos associados ao exame baciloscópico de controle.
Palavras-chave: Hanseníase. Reações Hansênicas. Hansenomas residuais.