Como avaliar uma escola de língua
Resumo
RESUMO
Por serem cursos livres, as escolas de idiomas não são fiscalizadas pelo MEC. Esse é o motivo pelo qual as escolas são livres para determinar o que é melhor para seus alunos. Em se tratando da formação de um professor de idiomas, este deveria ser graduado em Letras, pois é o curso que fornece a aquisição linguística e pedagógica necessárias para o ensino de uma língua estrangeira. Outro aspecto que deveria também ser observado é a questão da formação daqueles que dirigem ou coordenam a escola. Tais profissionais, além da formação em Letras ou Pedagogia, deveriam ter ainda uma especialização em Metodologia do Ensino. Entretanto, essa não é a realidade na maioria das escolas de idiomas. Todo aluno de língua portuguesa conta com professores graduados em Letras, embora sejam falantes nativos de português. Qual seria, portanto, a justificativa em não ser exigida a mesma formação de um professor de língua estrangeira em uma escola de idiomas e, ainda, informar aos alunos que a escola está apta a prepará-los para um teste internacional? O simples fato de uma escola de idiomas contar com falantes nativos em seu corpo docente ou na sua direção não a qualifica para a aplicação de exames internacionais como o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) ou como o DELE (Diplomas de Español como Lengua Extranjera). No estado de Pernambuco, a única instituição credenciada pelo governo americano para aplicar o TOEFL é a Associação Brasil América. Já o DELE só pode ser aplicado pelo Instituto Cervantes. Assim como o fato dos brasileiros serem falantes nativos do português não os qualifica como professores de língua portuguesa, um falante nativo da língua inglesa ou espanhola não o habilita, automaticamente, a ser um professor de idiomas. Seja falante nativo ou não, o candidato a docente deve, antes, passar por um processo de formação, seja em um curso de graduação ou outro correspondente. Entretanto, essa não é a realidade da maioria das escolas de idiomas.
Palavras-chave: Escola de idiomas. MEC. Metodologia. Ensino. Letras.
ABSTRACT
Due to the fact they are independent courses, language schools are not inspected by MEC. This is the reason why such schools are free to establish what is the best for their students. A language teacher should be graduated in Languages, since it is the course that offers the necessary training to acquire linguistic and pedagogical knowledge and enables a person to teach languages. Another aspect that should be also taken into consideration is the qualification in teaching languages of those who direct or coordinate a school. Furthermore, such professionals should also have specific training in Languages or Pedagogy, besides some expertise in Teaching Methodology. However, this is not the reality in the majority of language schools. Every student of Portuguese can count on a teacher majored in Languages, despite the fact the teacher is a Portuguese speaker. So, why not require the same training of a foreign language teacher in a language school and yet inform the students that the school is able to prepare them for an international exam? Having native speakers of foreign languages in its staff or direction does not qualify a language school for the application of international exams such as TOEFL (Test of English to a Foreign Language) or as DELE (Diplomas de Español como Lengua Extranjera). In the state of Pernambuco, the only accredited institution by the American government to apply TOEFL is Associação Brasil América. In relation to DELE, it can only be applied by Instituto Cervantes. Being a native speaker of Portuguese does not qualify a Brazilian as a Portuguese teacher, as well as being a native speaker of English or Spanish does not enable a person to teach such languages. The applicant to a teacher position, no matter what language he/she speaks, should go through a training process in an undergraduate course or a similar one. However, this is not the reality of most language schools.
Key words: Language school. MEC. Methodology. Teaching. Languages.
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