Benefícios da atividade física para o tratamento da depressão em pessoas idosas

Autores

  • Viviane Ribeiro dos Santos Uninter
  • Nicolly Janine Batista

Resumo

A presente proposta de pesquisa reflete sobre os benefícios da atividade física para o tratamento da depressão em pessoas idosas. Como objetivos específicos, pretende-se analisar conceitos e causas da depressão em pessoas idosas; compreender o diagnóstico e recursos para o seu tratamento; identificar os benefícios apontados por estudos sobre a prática regular da atividade física em essa etapa da vida. A compreensão desse tema é fundamental, social e cientificamente, pois o número de pessoas idosas cresce cada vez mais no Brasil e no mundo; é necessário, desde já, compreender o fenômeno da depressão nessa idade e buscar recursos para que se possa amenizar ou superar esse problema, como a prática de atividades físicas. Para o alcance dos objetivos, realizou-se revisão bibliográfica nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico, a partir utilização dos descritores “pessoas idosas”, “depressão” e “atividade física”. Como referencial teórico, utilizaram-se autores como Martins (2008) e Wannmacher (2016), que tratam sobre a conceituação da depressão; Lobo et al. (2012) e Medeiros (2010), que refletem sobre o alcance de recursos para o tratamento da depressão, como a psicoterapia interpessoal e a terapia cognitivo-comportamental; e Teixeira et al. (2016), que analisam eventuais contribuições da prática regular de atividades físicas para o cuidado de pessoas idosas com depressão. Após análise dos dados das fontes consultadas, concluiu-se que são vários os aportes, como a prevenção de morbidades e incapacidades e da própria depressão, redução de seus sintomas, incremento da capacidade cognitiva, bem-estar psicológico, socialização, autoestima, motivação, independência, autonomia e, consequentemente, bem-estar e qualidade de vida.

Palavras-chave: pessoas idosas; depressão; atividade física.

Abstract 

This research proposal reflects on the benefits of physical activity for the treatment of depression in the elderly. As specific objectives, we intend to analyze concepts and causes of depression in elderly people; understand the diagnosis and resources for its treatment; to identify the benefits pointed out by studies on the regular practice of physical activity in this stage of life. The understanding of this theme is essential, socially, and scientifically, because the number of elderly people grows more and more in Brazil and in the world; it is necessary, from now on, to understand the phenomenon of depression at this age and seek resources so that this problem can be mitigated or overcome, such as the practice of physical activities. To achieve the objectives, a bibliographic review was carried out in the Scientific Electronic Library Online (SCIELO) and Google Scholar databases, using the descriptors “elderly people”, “depression” and “physical activity”. As a theoretical reference, authors such as Martins (2008) and Wannmacher (2016) were used, who deal with the conceptualization of depression; Lobo et al. (2012) and Medeiros (2010), who reflect on the scope of resources for the treatment of depression, such as interpersonal psychotherapy and cognitive behavioral therapy; and Teixeira et al. (2016), who analyze possible contributions of the regular practice of physical activities to the care of elderly people with depression. After analyzing the data from the sources consulted, it was concluded that there are several contributions, such as the prevention of morbidities and disabilities and depression itself, reduction of its symptoms, increase in cognitive capacity, psychological well-being, socialization, self-esteem, motivation, independence, autonomy and, consequently, well-being and quality of life.

Keywords: elderly; depression; physical activity.

Resumen

La presente propuesta de investigación reflexiona sobre los beneficios de la actividad física en el tratamiento de la depresión en personas mayores. Como objetivos específicos, pretende analizar conceptos y causas de la depresión en personas mayores; comprender el diagnóstico y recursos para su tratamiento; identificar los beneficios indicados por estudios sobre la práctica regular de actividad física en esa etapa de la vida. Comprender ese tema es fundamental, social y científicamente, pues el número de personas mayores está creciendo en Brasil y en el mundo; es necesario, desde ya, comprender el fenómeno de la depresión a esa edad y buscar recursos para disminuir o superar ese problema, como la práctica de actividades físicas. Para lograr esos objetivos, se realizó revisión bibliográfica en las bases de datos Scientific Electronic Library Online (SCIELO) y Google Académico, a partir de los descriptores “personas mayores”, “depresión” y “actividad física”. Para las bases teóricas, se usaron autores como Martins (2008) y Wannmacher (2016), quienes presentan conceptos de depresión; Lobo et al. (2012) y Medeiros (2010), quienes reflexionan sobre los alcances de recursos para el tratamiento de la depresión, como la psicoterapia interpersonal y la terapia cognitivo-comportamental; y Teixeira et al. (2016), quienes analizan eventuales aportes de la práctica regular de actividades físicas para el cuidado de personas mayores con depresión. Luego del análisis de los datos de las fuentes consultadas, se concluye que son varios los aportes, entre ellos la prevención de enfermedades e incapacidades y de la depresión misma, reducción de sus síntomas; aumento en la capacidad cognitiva, bienestar psicológico, socialización, autoestima, motivación, independencia, autonomía y, en consecuencia, bienestar y calidad de vida.

Palabras-clave: personas mayores; depresión; actividad física.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Viviane Ribeiro dos Santos, Uninter

Aluna do curso de Educação Física no Centro Universitário Internacional UNINTER.

Nicolly Janine Batista

Docente no Centro Universitário Internacional UNINTER.

Referências

ASSIS, Ariane Caroline Antonio de; MASSING, Julia Carla. A influência positiva da atividade física na qualidade de vida e autoestima de idosos. In: EVINVI, 14., 2019, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: UniBrasil, 2019. v.5, n.1, p. 288 -288. Disponível em: https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci/article/view/4809/3915. Acesso em: 20 ago. 2021.

BORGES, Daniela Teixeira; DALMOLIN, Bernadete Maria. Depressão em idosos de uma comunidade assistida pela Estratégia de Saúde da Família em Passo Fundo, RS. Rev bras med fam comunidade, Florianópolis, v. 7, n. 23, p. 75-82, abr./jun. 2012. Disponível em: https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/381/490. Acesso em: 23 set. 2021.

BRASIL, Cristina Índio do. Expectativa de vida aumenta mais de três meses e chega a 76,3 anos. Agência Brasil, nov. 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/expectativa-de-vida-aumenta-mais-de-tres-meses-e-chega-763-anos. Acesso em:10 set. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 13 set. 2020.

CAMPOS, Ana Cristina Viana et al. Qualidade de vida de idosos praticantes de atividade física no contexto da estratégia saúde da família. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 23, n. 4, out./dez. 2014. Disponível em: Acesso em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072014000400889&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 20 ago. 2021.

FERREIRA, Lilian et al. Avaliação dos níveis de depressão em idosos praticantes de diferentes exercícios físicos. ConScientiae Saúde, São Paulo, v.13, n. 3, p. 405-410, 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/929/92932100011.pdf. Acesso em: 20 ago. 2021.

GONÇALVES, Fellipe Biazin et al. Qualidade de vida e indicativos de depressão em idosas praticantes de exercícios físicos em academias da terceira idade da Cidade de Maringá (PR). Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 8, n. 3, p. 557-567, set./dez. 2015.Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/4512. Acesso em: 13 set. 2021.

GROPPO, Heloisa Schievano et al. Efeitos de um programa de atividade física sobre os sintomas depressivos e a qualidade de vida de idosos com demência de Alzheimer. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v. 26, n.4, out./dez. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1807-55092012000400002&script=sci_arttext. Acesso em: 13 set. 2021.

HERNANDEZ, José Augusto Evangelho; VOSER, Rogério da Cunha. Exercício físico regular e depressão em idosos. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 718-734, set./dez. 2019. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/204122. Acesso em: 09 set. 2021.

LOBO, Beatriz de Oliveira Meneguelo et al. Terapia cognitivo comportamental em grupo para idosos com sintomas de ansiedade e depressão: resultados preliminares. Psicologia: teoria e prática, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 116-125, 2012. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/ptp/article/view/2738. Acesso em: 05 set. 2021.

MACHADO, Beatriz Jorge Macedo et al. Importância da atividade física na prevenção da depressão em idosos. Revista Educação em Saúde, Anápolis – GO, v. 8, n. 1, p. 372-375, 2020. Disponível em: https://core.ac.uk/reader/327145380. Acesso em: 12 set. 2020.

MARTINS, Rosa Maria. A depressão no idoso. Millenium, Viseu – Pt, v. 34, n. 13, abr. 2008. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8361. Acesso em: 13 set. 2021.

MATOS, Ana Isabel Pinto de; MOURÃO, Isabel; COELHO, Eduarda. Interação entre a idade, escolaridade, tempo de institucionalização e exercício físico na função cognitiva e depressão em idosos. Motri., Ribeira de Pena, v. 12, n. 2, jun. 2016. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1646-107X2016000200006&script=sci_arttext&tlng=es. Acesso em: 27 ago. 2021.

MATOS, Kelma Socorro Lopes de; VIEIRA, Sofia Lerche. Pesquisa educacional: o prazer de conhecer. 2. ed. rev. e atual. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2002.

MEDEIROS, Joana Matos Lima. Depressão no idoso. 2010. 26 fl. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina) - Faculdade de Medicina. Universidade do Porto, Porto, 2010. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/53479/2/Depresso%-20no%20Idoso.pdf. Acesso em: 14 set. 2021.

MELO, Bianca et al. Efeito do treinamento físico na qualidade de vida em idosos com depressão maior. Rev Bras Ativ Fis e Saúde, Pelotas - RS, v. 19, n. 2, p. 205-214, mar. 2014. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3237. Acesso em: 13 set. 2021.

MEURER, Simone Teresinha et al. Associação entre sintomas depressivos, motivação e autoestima de idosos praticantes de exercícios físicos. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 34, n. 3, p. 683-695, jul./set. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbce/v34n3/v34n3a11.pdf. Acesso em: 20 ago. 2021.

PEGORARI, Maycon Sousa et al. Prática de atividade física no lazer entre idosos de área rural: condições de saúde e qualidade de vida. Rev. educ. fis., Maringá, v. 26, n. 2, abr./jun. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-30832015000200233&script=sci_arttext. Acesso em: 13 set. 2021.

PEREIRA, Diogo Fagundes. Relação entre atividade física e depressão em idosos: uma revisão de literatura. Corpoconsciência, Cuiabá-MT, vol. 20, n. 03, p. 22-28, set./dez., 2016. Disponível em: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/4431/3041. Acesso em: 13 set. 2021.

PINHO, Miriam Ximenes; CUSTÓDIO, Osvladir; MAKDISSE, Marcia. Incidência de depressão e fatores associados em idosos residentes na comunidade: revisão de literatura. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de janeiro, v. 12, n. 1, p. 123-140, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v12n1/1981-2256-rbgg-12-01-00123.pdf. Acesso em: 10 set. 2020.

SILVA, Rodrigo Sinnott et al. Atividade física e qualidade de vida. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 115-120, 2010. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2010.v15n1/115-120/. Acesso em: 21 ago. 2021.

SOUZA, M. T.; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, São Paulo, v. 8, n. 1, jan./mar. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1679-45082010000100102&script=sci_arttext&tlng=pt. Doi: 10.1590/s1679-45082010rw1134. Acesso em: 20 set. 2021.

TEIXEIRA, C. M. et al. Atividade física, autoestima e depressão em idosos. Cuadernos de Psicología del Deporte, Murcia – ES, v. 16, n. 3, p. 55-66, dez. 2016. Disponível em: https://revistas.um.es/cpd/article/view/278431/205461. Acesso em: 02 set. 2021.

VIANA, Agenísia Maria; ANTONIASSI JUNIOR, Gilmar. Qualidade de vida em idosos praticantes de atividades físicas. Rev. Psicol Saúde e Debate, Patos de Minas – MG, v. 3, n. 1, p. 87-98, jan. 2017. Disponível em: http://www.psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/92/76. Acesso em: 04 set. 2021.

WANNMACHER, Lenita. Abordagem da depressão maior em idosos: medidas não medicamentosas e medicamentosa. Uso racional de medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da assistência farmacêutica. OPAS/OMS – Representação Brasil, Brasília, v. 1, n. 1, fev. 2016. Disponível em: encurtador.com.br/afnzV. Acesso em: 12 set. 2021.

Downloads

Publicado

2022-03-10