TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM PARA POEIRA RESPIRÁVEL COM SÍLICA EM ARMAZÉNS

Autores

  • Letícia Leonardi Pedrosa - Centro Universitário Internacional (UNINTER)
  • Marco Aurélio da Silva Carvalho Filho - Centro Universitário Internacional (UNINTER)
  • Elisangela Apolinário Kuchnir - Centro Universitário Internacional (UNINTER)

Resumo

As doenças causadas pela sílica em trabalhadores expostos ao agente, são uma preocupação desde o seu conhecimento ainda no século XIX, quando se começou a questionar problemas respiratórios seguidos por alergia, tosse crônica, dificuldades respiratórias ao mínimo esforço e até a silicose propriamente dita em casos mais graves. O câncer não era uma doença tão conhecida, mas a medicina já observava que era uma doença incurável. Formas de prevenção e de medida da poeira com sílica, foram sendo desenvolvidas com o passar dos anos. Uma cobrança constante pela ciência, a fim de minimizar os efeitos a saúde. Portarias foram desenvolvidas acondicionando o trabalho exposto à sílica como insalubre. Entidades como a Fundacentro, Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais, NIOSH, ACGIH, criaram normas técnicas para medir a sílica, condutas de trabalho com uso de EPI e limites de tolerância para a exposição a poeira. Equipamentos e métodos foram desenvolvidos, sendo cada vez mais precisos a quantificação da sílica e obtenção de custos menores em relação à análise, atingindo um público cada vez maior. Equipamentos laboratoriais usados pelos métodos que a NIOSH recomenda para a análise em laboratório, buscam precisão na identificação da sílica. A NHO 08 traz a metodologia de como realizar a avaliação a campo. Assim, o presente estudo focou em um levantamento bibliográfico nas principais revistas científicas, livros e normas técnicas da área desde 1997. O trabalho apresentará ainda técnicas mais atualizadas para análise, buscando sempre a precisão nos resultados, acessibilidade, econômica e sustentável.

Palavras-chave: sílica; métodos; difração de raios-x; espectroscópico; NIOSH.

Abstract

The diseases caused by silica in workers exposed to the agent have been a concern since they first became known in the 19th century, when people began to question respiratory problems followed by allergies, chronic coughs, breathing difficulties on the slightest exertion and even silicosis itself in more serious cases. Cancer wasn’t well known, but medicine had already noticed that it was an incurable disease. Ways of preventing and measuring silica dust have been developed over the years. There was a constant demand from science to minimize the effects on health. Ordinances have been developed to classify work exposed to silica as unhealthy. Organizations such as Fundacentro, the Brazilian Association of Occupational Hygienists, NIOSH, ACGIH, have created technical standards for measuring silica, work conduct with the use of PPE and tolerance limits for exposure to dust. Equipment and methods have been developed, making it increasingly accurate to quantify silica and obtaining lower costs in relation to the analysis, reaching an ever-wider audience. Laboratory equipment used by the methods that NIOSH recommends for laboratory analysis seeks precision in the identification of silica. NHO 08 provides the methodology for carrying out field evaluation. This study therefore focused on a bibliographic survey of the main scientific journals, books and technical standards in the field since 1997. The work will also present the most up-to-date techniques for analysis, always seeking precision in the results, accessibility, affordability and sustainability.

Keywords: silica; methods; x-ray diffraction; spectroscopic; NIOSH.

Resumen

Las enfermedades causadas por sílice en trabajadores expuestos al agente son una preocupación desde su conocimiento, aun en el siglo XIX, cuando se empezó a cuestionar problemas respiratorios seguidos por alergia, tos crónica, dificultad para respirar con el mínimo esfuerzo e incluso la silicosis propiamente dicha en casos más graves. El cáncer no era una enfermedad tan conocida, pero la medicina ya observaba que era una enfermedad incurable. Formas de prevención y medición del polvo con sílice se han desarrollado, a lo largo de los años, una constante demanda por la ciencia, con el fin de minimizar los efectos sobre la salud. Las órdenes fueron desarrolladas, acondicionando el trabajo expuesto a sílice como insalubre. Entidades como la Fundacentro, Asociación Brasileña de Higienistas Ocupacionales, NIOSH, ACGIH, han creado normas técnicas para medir sílice, conductos de trabajo con uso de EPI y límites de tolerancia para la exposición al polvo. Se han desarrollado equipos y métodos, siendo cada vez más precisos la cuantificación de sílice y obtener menores costos en relación con el análisis, alcanzando un público cada vez mayor. El equipo de laboratorio utilizado por los métodos que NIOSH recomienda para el análisis en laboratorio, busca precisión en la identificación de sílice. La NHO 08 trae la metodología de cómo realizar la evaluación en el campo. Así, el presente estudio se centró en un levantamiento bibliográfico en las principales revistas científicas, libros y normas técnicas del área desde 1997. El trabajo presentará aún más técnicas actualizadas para análisis, buscando siempre la precisión en los resultados, accesibilidad, económica y sostenible.

Palabras clave: sílice; métodos; difracción de rayos X; espectroscopia; NIOSH.

Downloads

Referências

ATLAS, M. L. Segurança e Medicina no Trabalho. 74. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.

BUSCHINELLI, J. T. Manual para Interpretação de Informações Sobre Substâncias Químicas. São Paulo: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011.

CARVALHO, A. B, Guia técnico sobre estratégia de amostragem de resultados de avalia-ções quantitativas de agentes químicos em ambientes de trabalho. São Paulo: FUNDA-CENTRO, 2018.

D’OCA, C. R. M. Ferramentas espectroscópicas na análise de compostos orgânicos – uma aproximação descomplicada. Curitiba: Intersaberes, 2021.

LACERDA JUNIOR, V. Fundamentos da Espectrometria e Aplicações. 7. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2018.

MAGALHÃES, L. A. Desenvolvimento de Metodologia para Determinação de Sílica Cris-talina Respirável para Particulado de Minério Brasileiro por Difração de Raios - X. 2014. 116 f. Dissertação (Mestrado em Química – Química Analítica.) — Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/SFSA-9TWFNM. Acesso em: 12 fev. 2024.

MAGALHÃES, L. Saiba Como Funciona a Análise de Sílica Cristalina por Difração de Raios-x. Linkedin, 2018. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/saiba-como-funciona-an%C3%A1lise-de-s%C3%ADlica-cristalina-por-magalh%C3%A3es/? OriginalSubdomain=pt. Acesso em: 12 fev. 2024.

MENDHAM, J. et al. Análise Química Quantitativa. 6. ed. São Paulo, 2002.

METZ, N. T. Implantação de Procedimento Operacional para Monitoramento da Exposi-ção Laboral à Sílica Cristalina Contida em Poeira Respirável. 2016. 49 f. TCC (Graduação em Química Industrial) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016. Dis-ponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/189869. Acesso em: 12 fev. 2024.

RIBEIRO, F. S. N. O mapa da Exposição à Sílica no Brasil. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2010.

SANTOS, A. M. A. et al. Normas de Higiene Ocupacional – NHO 08: Coleta de Materias Particulado Sólido Suspenso no Ar e Ambientes de Trabalho – Procedimento Técnico. São Pau-lo: Fundacentro, 2009.

SILVA, R. A Difração de Raios –x: uma Técnica de Investigação da Estrutura Cristalina de Ma-teriais. Revista Processos Químicos, [s. l.], v. 14, n. 27, p. 73-82, 2020. DOI: https://doi.org/10.19142/rpq.v14i27.577. Disponível em: https://ojs.rpqsenai.org.br/index.php/rpq_n1/article/view/577. Acesso em: 12 fev. 2024.

SOUZA, V. F.; QUELHAS, O. L. G. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional à Poeira na Indústria da Construção. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 801-807, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232003000300014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/5Rrc6pYWtJZYhWP7r7bXgTv/. Acesso em 15 fev. 2024.

VASCONCELOS, N. M. S. Fundamentos de Química Analítica Quantitativa. 2. ed. Forta-leza: Universidade Estadual do Ceará, 2019.

VENDRAME, A. C. Agentes Químicos na Higiene Ocupacional - Reconhecimento, Avalia-ção e Controle. 2. ed. São Paulo: Revista e Ampliada, 2011.

Downloads

Publicado

2025-01-27