A natureza humana: o agir com uma finalidade ou como um fim em si mesmo

Autores

  • Fábio Antônio Marques Galina UNINTER
  • Nilson dos Santos Morais

Resumo

Este trabalho apresenta o conhecimento e a que se destina a ação humana. Consiste em responder se a ação humana tende a uma finalidade, ou possui um fim em si mesma. Essa questão deve-se ao fato de o homem, há muito tempo, preocupar-se com o conhecimento da sua própria natureza, o que implica entender o que é e a finalidade de suas ações. O propósito central deste estudo é investigar se a ação humana tende a uma finalidade, ou possui um fim em si mesma, no pensamento de Aristóteles, Immanuel Kant e de Jean-Paul Sartre. Para isso, empregou-se o procedimento de revisão bibliográfica das obras Ética a Nicômaco, Fundamentação da Metafísica dos Costumes e do opúsculo O Existencialismo é um Humanismo. Concluiu-se que, na percepção de Aristóteles, a ação humana tende à felicidade, em Kant à perspectiva de uma finalidade em si mesma voltada para o dever e, em Sartre, a ação humana é fruto da liberdade, visando a sua existência.

Palavras-chave: ação humana; felicidade; dever; existencialismo.

Abstract

This work presents the knowledge and what is the purpose of man's action. It consists in answering whether human action tends to an end, or has an end in itself. This question is because man, for a long time, has been concerned with the knowledge of his nature, which implies understanding what he is and the purpose of his actions. The main purpose of this study is to investigate whether human action tends to an end, or has an end in itself, in the thought of Aristotle, Immanuel Kant and Jean-Paul Sartre. In this regard, we used the procedure of bibliographic review of the works The Nicomachean Ethics, Foundation of the Metaphysics of Morals and the booklet Existentialism is a Humanism. It was concluded that, in the perception of Aristotle, human action tends to happiness, in Kant to the perspective of a purpose in itself oriented towards duty, and, in Sartre, human action is the result of freedom, aiming at its existence.

Keywords: human action; happiness; duty; existentialism.

Resumen

Este trabajo presenta el conocimiento y cuál el propósito de la acción del hombre. Consiste en contestar si la acción humana tiende a una finalidad o si tiene un fin en sí misma. Esta cuestión se debe al hecho de que el hombre, desde hace mucho, se preocupa con el conocimiento de su propia naturaleza, lo que implica entender lo que es y la finalidad de sus acciones. El propósito central de este estudio es investigar si la acción del hombre tiende a una finalidad o si tiene un fin en sí misma, de acuerdo con Aristóteles, Immanuel Kant y Jean-Paul Sartre. Para ello, se utilizó el procedimiento de revisión bibliográfica de las obras Ética a Nicómaco, Fundamentación de la Metafísica de las Costumbres y del opúsculo El Existencialismo es un Humanismo. Se concluye que, en la percepción de Aristóteles, la acción humana tiende a la felicidad, en Kant a la perspectiva de una finalidad en sí misma orientada hacia el deber, y en Sartre, la acción humana es fruto de la libertad, con miras a la existencia.

Palabras-clave: acción humana; felicidad; deber; existencialismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fábio Antônio Marques Galina, UNINTER

Bacharelando em Filosofia do Centro Universitário Internacional – UNINTER.

Nilson dos Santos Morais

Mestre em Educação. Professor na área de Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER

Referências

ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002.

ARISTÓTELES. Tópicos - Dos Argumentos Sofísticos - Metafísica - Ética a Nicômaco – Poética. 1. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores).

BARBIERI, Pedro. Sobre a natureza, de Parmênides de Eléia. Clássica, v. 33, n. 1, p. 311-325, 2020.

CAES, Valdinei. Tópicos especiais da filosofia contemporânea. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2017.

FIGUEIREDO, Vinicius de. Kant e a Crítica da Razão Pura. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. Tradução, textos adicionais e notas Edson Bini. 2. ed. São Paulo: Edipro, 2003. (Série Clássicos).

KANT, Immanuel. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução de Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Editora Iluminuras, 2006.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Título original: Grundlegung zur Metaphysic der Sitten. Tradução: Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 2007.

KANT, Immanuel. A paz perpétua. Tradução Marco Zingano. Porto Alegre: L&PM, 2008.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução e notas de Fernando Costa Mattos. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

LAÊRTIOS, Diógenes. Vida e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução do grego, introdução e notas de Mário da Gama. 2. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 2008.

LACERDA, Tiago. Deus como problema filosófico na Idade Média. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2018.

LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimento metodológico na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, n. esp., p. 37-45, 2007.

MOSER, Alvino; LOPES, Luis Fernando. Para compreender a teoria do conhecimento. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2016.

PLATÃO. O Banquete - Fédon – Sofista – Político. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores).

PLATÃO. Defesa de Sócrates / Platão. Ditos e feitos e moráveis de Sócrates; Apologia de Sócrates / Xenofonte. As nuvens / Aristófanes. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1985.

PLATÃO. República. Tradução e nota de Maria Helena da Rocha Pereira, 9. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã antiga. Tradução Ivo Storniolo. 3. ed. São Paulo: Paulus, 2003. v. 1.

ROGUE, Chistophe. Compreender Platão. Tradução de Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 2005.

SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Ensaio de ontologia fenomenológica. Tradução de Paulo Perdigão. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-Pr., 2009.

SILVA, Fabiano Queiroz da. A natureza humana em Kant. 2015. 100 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – UNICAMP, Campinas, 2015.

SILVA, Fernando M.F. As representações obscuras. Lições de antropologia de Immanuel Kant. Con-textos Kantianos, Madri, v. 4, p. 296-304, nov. 2016.

SILVA, Roseane Almeida da. Caminhos da filosofia. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2017.

UNTERSTEINER, Mario. A obra dos sofistas. Uma interpretação filosófica. 1. ed. São Paulo: Paulus, 2012. (Coleção Philosophica – coordenada por Rachel Gazolla).

Downloads

Publicado

2021-11-05