Teorias das relações internacionais e a inteligência de estado: realismo e liberalismo

Autores

  • Rodolfo de Oliveira Feitoza Uninter

Resumo

Este artigo aborda as ações das agências de inteligência a partir dos estudos das relações internacionais, especificamente das perspectivas teóricas do realismo e do liberalismo. Os Estados agem de maneira específica — isto é, não operam por decisões meramente intuitivas, vagas — no âmbito das relações internacionais, em função de um posicionamento privilegiado a respeito dos concorrentes. Portanto, os serviços secretos de cada Estado devem entender e se basear no comportamento de políticas externas, bem como conforme a visão de mundo de seus governantes, a fim de promover ganhos e reduzir perdas nesse cenário anárquico. Sendo assim, analisaremos as ações e precauções às quais as agências de inteligência do Estado podem recorrer segundo ambas as teorias mencionadas anteriormente. Este estudo demostra vários artifícios que os Estados usam para se destacar internacionalmente, porém, tais ações convergem ao ponto de vista dos governantes, em uma perspectiva mais realista ou mais liberal.

Palavras-chave: Inteligência; relações internacionais, interferência externa.

Abstract

This article approaches intelligence agencies’ actions International Relations studies perspective, specifically from Realism and Liberalism theoretical perspectives. States act in specific ways — i.e., they do not operate by merely intuitive, vague decisions — in international relations because of a privileged positioning relative to competitors. Therefore, the intelligence services of each state must understand and base themselves on foreign policies’ behavior, as well as on their rulers’ worldview, to promote gains and reduce losses in an anarchic scenario. Thus, we will analyze the actions and precautions that state intelligence agencies can take according to both theories mentioned here. This study demonstrates various artifices that states use to stand out internationally, but these actions converge to their rulers’ point of view, in a more realistic or more liberal perspective.

Keywords: intelligence; International Relations; foreign interference.

Resumen

Este artículo trata las acciones de las agencias de inteligencia a partir de los estudios de las relaciones internacionales, específicamente desde las perspectivas teóricas del realismo y del liberalismo. Los Estados actúan de manera específica — es decir, no operan por decisiones meramente intuitivas o vagas — en el ámbito de las relaciones internacionales, en función de una posición privilegiada respecto a la competencia. Por lo tanto, los servicios secretos de cada Estado deben entender y fundamentarse en el comportamiento de políticas externas, así como en la visión del mundo de sus gobernantes, con la finalidad de potenciar ganancias y reducir pérdidas en ese escenario anárquico. De ese modo, analizaremos las acciones y cuidados a los que las agencias de inteligencia del estado pueden recurrir según ambas teorías mencionadas anteriormente. Este estudio demuestra varios artificios que los estados utilizan para proyectarse internacionalmente, sin embargo, tales acciones convergen hacia el punto de vista de los gobiernos, en una perspectiva más realista o más liberal.

Palabras-clave: Inteligencia; relaciones internacionales, interferencia externa.

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Biografia do Autor

Rodolfo de Oliveira Feitoza, Uninter

Pós-graduação em Inteligência de Estado e Inteligência de Segurança Pública pela INASIS, Graduado em Relações Internacionais pela UNITER

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Publicado

2023-02-23