A indissociabilidade da história e da religião na práxis social

Resumo

Resumo

Mostrar como indissociável o aspecto imaterial e material na experiência do homem em diferentes contextos é fundamental para a compreensão do ser humano como um todo. Na exploração desse aspecto imaterial e material na humanidade, o mito surge como uma necessidade que se desenrola gradualmente ao longo do tempo. O artigo começa abordando a compreensão de um mundo total, compartilhado entre os seres humanos e os deuses. Posteriormente, à medida que esse mundo total se divide e sofre a influência do idealismo platônico na Idade Média, passando pela Reforma Religiosa, ele desencadeia um debate profundo na escola de Hegel. Em um ambiente iluminista e no início do capitalismo expansivo, a abordagem marxista que surgiu criticou o aspecto metafísico e o entendeu como uma ferramenta de manipulação das classes dominantes. Foi também verificada a capacidade tanto do materialismo quanto do idealismo de absorver em si os anseios, transformando-os em objetos de adoração por si só. A religião se transforma em um produto de manipulação na cultura do lucro, que a utiliza como uma técnica, explorando esse aspecto humano dos sentimentos na alienação coletiva. Com o objetivo de discutir a intrincada relação de poder entre religião e dinheiro, sob a perspectiva de Foucault, abordamos a mercantilização do ser humano nas relações que o envolvem. Nessa construção, observamos que a religião é contínua e intrínseca na constituição da natureza histórica humana, desempenhando uma função tanto individual quanto coletiva. Percebemos que, em uma construção saudável na qual o materialismo e o idealismo são necessários, é preciso desconstruir os heróis para consolidar uma história integrada. Essa história não nega a importância do espírito e da matéria, mas, em última análise, busca culminar na experiência daquele que é o protagonista da história: o indivíduo, em seu aspecto subjetivo e objetivo. Nesse sentido, a tolerância é fundamental em uma sociedade que busca a experiência e a adaptação às diretrizes que a orientam.

Palavras-chave: matéria; espírito; experiência; totalidade.

Abstract

It is fundamental to show how the material and immaterial aspects of the human experience in different contexts are inseparable when the goal is to comprehend the human being as a whole. When exploring these material and immaterial aspects of humankind, the myth emerges as a necessity that unfolds gradually through time. This paper begins by approaching the comprehension of a whole world shared between mankind and the gods. After that, as this whole world is divided and is influenced by the Platonic idealism of the Middle Ages, passing through the religious reformation, it triggers a deeper debate on the philosophy of Hegel. In an enlightenment context and at the beginning of capitalism, the Marxist approach that emerged criticized the metaphysical aspect and saw it as a tool of manipulation for the ruling classes. The study also verified materialism and idealism's capacity to absorb the longings, transforming them into worship objects by themselves. Religion transforms itself into a product of manipulation in the profit culture, which utilizes religion as a technique to explore the sentimental aspect of the human being through collective alienation. With the aim of discussing the intricate relation between religion and money through Foulcault’s perspective, the study approached the commodification of human beings in the relations that involve them. In this construction, the research observed that religion is intrinsic and continuous when it constitutes historical human nature, performing an individual and a collective role. It was noted that, in a healthy construction, in which materialism and idealism are necessary, a deconstruction of the heroes is necessary to solidify an integrated history. This history doesn’t deny the importance of the spirit and matter, but, ultimately, it seeks to lead up to the experience of the main character of history: the subject and its objective and subjective aspects. That way, tolerance is fundamental in a society that seeks to adapt and experience its guidelines.

Keywords: matter; spirit; experience; totality.

Resumen

Mostrar como indisociable el aspecto inmaterial y material en la experiencia del ser humano en distintos contextos es fundamental para la comprensión del ser humano como un todo. En la exploración de ese aspecto inmaterial y material en la humanidad, el mito surge como una necesidad que se despliega gradualmente a lo largo del tiempo. El artículo empieza abordando la comprensión de un mundo total, compartiendo entre los seres humanos y los dioses. Posteriormente, a medida que ese mundo total se divide y sufre la influencia del idealismo platónico en el Medievo, pasando por la Reforma protestante, él desencadena un debate profundo en la escuela de Hegel. En un ambiente iluminista y en el inicio del capitalismo expansivo, el enfoque marxista que surgió criticó el aspecto metafísico y lo entendió como una herramienta de manipulación de las clases dominantes. También se verificó la capacidad tanto del materialismo como del idealismo de absorber en sí los anhelos, transformándolos en objetos de adoración por sí mismo. La religión se transforma en un producto de manipulación en la cultura de la ganancia, que la utiliza como una técnica, explorando ese aspecto humano de los sentimientos en la alienación colectiva. Con el objetivo de discutir la intrincada relación de poder entre religión y dinero, bajo la perspectiva de Foucault, abordamos la mercantilización del ser humano en las relaciones que lo involucran. En esa construcción, observamos que la religión es continua e intrínseca en la constitución de la naturaleza histórica humana, desempeñando una función tanto individual como colectiva. Nos damos cuenta de que, en una construcción sana en la cual se requiere el materialismo y el idealismo, se necesita desmantelar los héroes para consolidar una historia integrada. Esa historia no niega la importancia del espíritu y de la materia, sin embargo, en último análisis, se busca alcanzar la experiencia de aquel que es el protagonista de la historia: el individuo, en su aspecto subjetivo y objetivo. En ese sentido, la tolerancia es fundamental en una sociedad que busca la experiencia y la adaptación a las directrices que la orientan.

Palabras clave: materia; espíritu; experiencia; totalidad.